Saiba tudo sobre o impacto do ESG na indústria de alimentos

Saiba tudo sobre o impacto do ESG na indústria de alimentos

O ESG é uma estratégia empresarial multidisciplinar que envolve um conjunto de ações e processos sustentáveis e responsáveis por parte das companhias. Este assunto já está em pauta há alguns anos e deve ser constantemente avaliado e otimizado.

Quando pensamos na indústria de alimentos, a importância do ESG aumenta ainda mais, pois os consumidores estão mais conscientes e atentos aos impactos que suas ações e das empresas das quais são clientes possuem na natureza e sociedade.

Embora exija mudanças e otimizações, esta estratégia traz muitos benefícios para os negócios que investem nela e se comprometem com a causa. Neste artigo, vamos explorar o impacto do ESG nas indústrias de alimentos e como aplicar na sua empresa.


O que é ESG?

ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, traduzido como Meio Ambiente, Social e Governança, tratando das práticas e estratégias das empresas relacionadas a esses três tópicos.

O termo surgiu na ONU em 2004 e, desde então, ganhou força mundo afora, com a adesão de diversas companhias, além de aumentar o interesse por parte de investidores e clientes em negócios preocupados com sustentabilidade, em especial a longo prazo.

Cada letra da sigla representa um pilar que as empresas devem se atentar para desenvolver ações e projetos.

 

E - Environmental (Meio ambiente)

Busca minimizar possíveis impactos negativos que a organização pode gerar na natureza, seja pela extração de matérias-primas, pelo descarte de resíduos ou pelo processo produtivo em si. 

Algumas ações que podem ser adotadas são a busca por fornecedores locais e responsáveis; o uso de energias renováveis, a gestão de resíduos e a redução das emissões de carbono pela otimização das suas operações.


S - Social

Envolve a interação da empresa enquanto instituição com os públicos que a cercam, como seus colaboradores, fornecedores, demais stakeholders e a sociedade na qual está inserida.

Na prática, está relacionada à políticas de diversidade e inclusão, programas sociais para a comunidade ao redor da empresa, oferecimento de melhores condições de trabalho para os colaboradores, investimento em programas de Saúde e Segurança do Trabalho, entre outros.


G - Governance (Governança)

Diz respeito à forma como a empresa é administrada, incluindo seus valores, ética e a transparência nas ações e movimentações financeiras. Este é um ponto que chama muito a atenção de investidores e parceiros de negócios.

Ações como criação de normas e regulamentos, monitoramento da aplicação das leis, combate à corrupção, transparência fiscal e de dados são alguns exemplos que se enquadram neste pilar.


Qual o impacto do ESG na indústria alimentícia?

Um dos pontos principais ao se aplicar o ESG na indústria alimentícia é a sustentabilidade gerada pelas ações da estratégia. No longo prazo, isso faz toda a diferença e ajuda a construir uma imagem positiva da companhia para investidores e clientes.

Embora o ESG não seja uma obrigação para as empresas, o não cumprimento de normas e leis pode gerar problemas para a indústria, em especial no que diz respeito à produção dos alimentos.

Por isso, é importante que os gestores invistam nesta estratégia, pensando principalmente em minimizar o impacto que seu negócio gera no meio ambiente e na sociedade, sem deixar de lado a rentabilidade das operações.

Ter uma visão de longo prazo faz toda a diferença aqui, pois com o aumento da competição entre empresas, quem se preocupar com a sustentabilidade com certeza se destacará no mercado, além de contribuir para que os recursos disponíveis possam ser usados por mais tempo.

Por exemplo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) prevê um crescimento na produção agrícola de 20% até 2030. Isso significa maior uso de recursos como água, energia e solo, mas sem o devido cuidado, o meio ambiente não comportará esse crescimento, limitando e reduzindo a atuação das empresas.

A aplicação do ESG demanda planejamento e cautela, para que as ações sejam bem desenhadas e possam ser mantidas ao longo do tempo. Ainda assim, muitas companhias não investem em questões simples e que já podem fazer toda a diferença.

Uma pesquisa da KPMG aponta que 60% das indústrias de A&B divulgam ações sobre a otimização do uso de água e redução do uso de combustíveis fósseis; mas 80% dos negócios não possuem a certificação ISO 14001, uma norma relacionada a sistemas de gestão ambiental.

O mesmo se aplica com os demais pilares: na parte social, cerca de metade das indústrias não possui um programa público de Saúde e Segurança no Trabalho. Quase 30% das empresas não apresenta informações claras sobre seus comitês, boards diretivos e conselhos de administração.

Cada ação de ESG, por menor que possa parecer, pode gerar um grande impacto para a sociedade como um todo e isso deve ser explicado de forma clara e transparente pelas empresas.

Indústrias que investem nessa estratégia e divulgam isso publicamente têm mais chances de ganharem a confiança e preferência dos clientes e investidores, além de conseguir atrair talentos com mais facilidade.


5 boas práticas de ESG para aplicar

Cada indústria deve avaliar seu cenário e entender se alguma ação de ESG já é feita ou se toda a estratégia precisa ser desenhada do zero. É muito importante que a direção esteja envolvida e comprometida a fazer as ações funcionarem.

Como são muitas ações e projetos a serem realizados, é preciso estabelecer as prioridades e dar foco em algumas questões inicialmente. Quando elas estiverem bem estabelecidas, é hora de seguir os próximos passos.

Por isso, não existe certo ou errado na hora de escolher o que investir primeiro em ESG, o principal é entender o que pode gerar mais impacto para sua empresa neste momento. Para ajudar, trouxemos aqui algumas boas práticas que podem ser aplicadas.

  • Busca por fornecedores éticos e responsáveis: procure empresas que ofereçam o rastreamento da extração de matéria-prima e que possam provar o cuidado com a natureza em suas operações.
  • Otimização do uso de recursos naturais: invista em processos produtivos que demandem menor consumo de energia e água, aproveitando a tecnologia para automatizar ações e facilitar o trabalho.
  • Substituição de ingredientes por opções sustentáveis: procure reduzir o uso de aditivos químicos, que podem contaminar o meio ambiente, se descartados de forma incorreta. Além disso, alimentos mais saudáveis são valorizados pelos clientes, que aceitam pagar mais para ter acesso a essas opções.
  • Criação de um Programa de Saúde e Segurança no Trabalho: foque em oferecer condições seguras para seus colaboradores. Isso demonstra que você se preocupa com eles, reduz acidentes de trabalho e gera um ambiente mais harmônico no dia a dia.
  • Combate a casos de assédio e discriminação: caso alguma situação fora dos valores da empresa, como discriminação, preconceito ou assédio aconteça, tenha uma política bem definida sobre o que fazer em cada situação e mostre publicamente o que foi feito com relação à situação.

 

Conclusão

O ESG é uma estratégia que deve ser considerada pelas empresas que desejam se manter no mercado no longo prazo. Com um amplo leque de opções, cada companhia deve avaliar seu momento e identificar o que pode fazer para ter um impacto positivo na gestão, meio ambiente e sociedade.

Vale a pena olhar para o que outros negócios estão fazendo e buscar por parceiros comprometidos com a mesma visão de mundo.

Sabendo da importância deste tema, a Lorenz investe em certificações que comprovam a qualidade dos produtos e processos realizados, além de focar em minimizar seus impactos na natureza e garantir a sustentabilidade na plantação e processamento das matérias-primas.

Nossos produtos também ajudam na aplicação do ESG em outros negócios, pois são totalmente de origem vegetal e podem substituir açúcares e gorduras, permitindo o desenvolvimento de produtos mais saudáveis, com a mesma qualidade.

Conheça nossos amidos e entenda qual é a melhor opção para seu negócio.